domingo, 6 de setembro de 2015

Possibilidades de Intervenção no Ensino da Matemática

As possibilidades de intervenção que o professo deve fazer para uma criança que está no processo inicial da construção do conceito de número  


           É por meio das experiências vividas pela criança que se inicia a aprendizagem de matemática. Aprender matemática, não costuma ser algo tão simples e fácil, por isso que se faz necessário que o professor desperte nesse aluno o interesse e a curiosidade. A dedicação do professor é fundamental para que o aprendizado desse aluno não seja decorado e mecânico, mas sim que tenha significado para ele e assim ele consiga refletir sobre o que esta aprendendo e de que maneira poderá utilizar isso no seu dia a dia.

           Na aprendizagem da matemática, saber e saber fazer são duas competências que andam juntas. Quando se ensina matemática, deve-se sempre levar em conta o conhecimento que esse aluno já possui, pois desde cedo a criança vai adquirindo conhecimento sobre os números, os nomes dos números e os símbolos que os representam, o professor deve propor desafios para ampliar e dar sentido a esse conhecimento. O conhecimento da sequencia numérica passa por diferentes etapas de acordo com as competências dos alunos.

          A aprendizagem dos números pode ocorrer em três fases: a primeira é a aproximação global e recitação oral, onde o ato de contar e recitar são indispensáveis para que o aluno seja capaz de avançar no seu conhecimento. Em todo tempo o professor deve mostrar ao aluno o que ele já aprendeu e desenvolver tarefas, onde ele possa colocar em pratica os seus conhecimentos e assim amplia-los. A segunda fase é o aspecto algoritmo da escrita, se trata de obter o conhecimento da organização da sucessão numérica escrita, nesta fase as tabelas numéricas ou fitas numéricas podem favorecer o descobrimento das regularidades das escritas e a terceira fase é o agrupamento de dez em dez, nesta fase é preciso insistir no significado de cada algarismo e a escrita do numero é necessário que o professor explique que a posição do algarismo esta ligada a ideia de agrupamento de dez em dez e também das possíveis trocas.

            Essas etapas de aprendizagens não são obrigatórias e nem são alcançadas rapidamente. A numeração se constrói através de muito trabalho e a aprendizagem plena só ocorre quando o aluno incorpora o recurso do calculo mental. O conato com números devem ser ampliado pouco a pouco, mas sem deixar de lado a aprendizagem de cada aluno, pois as crianças avançam no conhecimento de acordo com as oportunidades que lhes são oferecidas e isso cabe ao professor. Em todo tempo o professor deve mostrar ao aluno o que ele já aprendeu e desenvolver tarefas, onde ele possa colocar em pratica os seus conhecimentos e assim amplia-los.

     Na matemática a divisão deve ser feita em partes iguais, mas na vida real nem sempre é assim. Normalmente as pessoas dividem, repartem e distribuem coisas, mas principalmente para as crianças dividir não significa, necessariamente, dividir em partes iguais. Nas series iniciais do ensino fundamental I, para que a criança compreenda o que significa na matemática dividir um numero por outro, é necessário utilizar as situações diárias em que ela espontaneamente reparte, divide, distribui. Prestar atenção nas divisões que a criança faz enquanto joga, brinca ou realiza suas atividades, a fim de discutir com elas quais são os critérios que foram utilizados para a divisão.

             Quando se trabalha com a divisão a intenção é que a criança compreenda que na matemática isso significa dividir um numero por outro. Para que o aluno compreenda isso é necessário que o professor tenha como ponto de partida as situações em que essas crianças, espontaneamente, dividem, repartem ou distribuem algo enquanto brincam ou jogam algo e a cada situação que o professor presenciar ele deve dialogar e agir como facilitador pra que ela adquira uma noção melhor sobre a divisão. 

          
    O dialogo entre o professor e a criança é essencial. As crianças necessitam ser estimuladas a terem ideias e falas sobre as mesmas. Cabe ao professor entender o aluno, prestar atenção ao que ele diz e aceitar as suas ideias, mesmo que para ele pareçam estranhas. Explicar com calma quando a criança estiver equivocada e assim incentiva-las a pensar, a desenvolver o raciocínio e também o gosto pela matemática. Normalmente o que acontece é que os alunos estão acostumados a receber do professor um conhecimento pronto, acabado. É o professor que escolhe os assuntos, que dita o que deve e como deve ser feito e depois corrige os erros. Enquanto que os alunos não pensam, não discutem, não interagem e apenas esperam que o professor pense no lugar deles, inclusive na hora de resolver os problemas matemáticos. Cabe ao professor, ajudar a criança a raciocinar sobre um problema e não fazer isso por ela. Para que o aluno desenvolva o raciocínio é preciso que ela mesma crie as soluções dos problemas.

              Para a Psicologia Cognitiva, apenas receber informações prontas de um professor, não é suficiente para que o aluno aprenda com compreensão, pois neste caso a crianças se torna passiva e não pensa com a própria cabeça. É através da observação e investigação do mundo que a criança vai conseguir desenvolver o pensamento e aprender. Quanto mais ela explorar as coisas do meio em que esta, mais ela será capaz de pensar e compreender. Como no caso da matemática costuma ser um pouco mais difícil fazer a criança explorar o mundo ao seu redor, porque as noções matemáticas não costumam aparecer claramente nas situações do dia a dia. Por isso a necessidade de criar um mundo artificial feito através de materiais concreto onde a criança consiga manipular, montar e explorar com facilidade.    



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